Conhecida pelos nomes comuns de qantu, jinllo ou flor inca, a cantuta (Cantua buxifolia) é considerada a flor emblemática dos Andes e especialmente do departamento de Puno. Flor nacional do Peru e da Bolívia, o povo do Titicaca diz que suas cores atraem boa sorte. É por isso que nas casas é costume colocar trouxas de cantutas como sinal de boas-vindas aos visitantes.
A planta tem a forma de um arbusto altamente ramificado com aproximadamente quatro metros de altura. Cresce bem em áreas de clima temperado e solos abertos entre 1.200 e 3.800 metros acima do nível do mar, preferindo encostas bem drenadas. Tem flores vistosas, brancas, amarelas ou vermelhas brilhantes, em forma de trombeta e penduradas em finos ramos lenhosos. Suas folhas, cujo comprimento não ultrapassa 4 centímetros, são alongadas e elípticas. No Peru, existem 13 espécies de cantutas, das quais sete são endêmicas.
Seus usos e aplicações são muito variados entre os homens do Altiplano: as folhas e a madeira são usadas para produzir uma tonalidade amarela e os galhos finos para fazer cestos e cestos. Sua madeira, de consistência vítrea, é utilizada para a fabricação de canas, enquanto a planta como um todo é utilizada para fins ornamentais.
Na medicina popular, a cantuta é usada como um antidiarreico eficaz (cozimento de ramos e flores), contra a tosse e a icterícia (infusão de flores) ou no tratamento da inflamação dos olhos (lavagens).